Pages

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Devaneios

Meu amor, estou aqui com uma missão: tentar definir em palavras o que você significa em minha vida e o que sinto. Confesso não ser fácil, pois acredito que as palavras não conseguem definir o que só meu olhar poderá te dizer. Mas vou tentar...

Anjo terno que me preenche a alma de luz e alegria... a meiguice e a doçura que irradia me chamam ao seu encontro... como as ondas vão ao encontro da areia da praia, meu coração vai de encontro a você. Anjo meu... me sinto perdida, entregue, entregue às mais doces venturas, às mais ternas e conflitantes sensações... medo, receio, angústia dos que não conhecem o futuro... tudo se dissipa quando você diz que me ama... tudo se transforma... felicidade, carinho, ternura, amor... é o que recebo em troca. Sinto falta do que não vivi, de estar ao seu lado, de ser tua... é estranha essa capacidade de sentir falta do que não se conhece, ou apenas se conhece através dos sonhos, dos devaneios...

Isso define o que tenho vivido nesses dias turbulentos: devaneios. Volta e meia me pego perdida em meus devaneios, tentando racionalizar, tentando medir, doce tormento dos que amam... nesses devaneios me transformo em ave para que possa alçar vôo rumo ao teu encontro, as vezes me faço vento a falar baixinho do meu amor por ti , as vezes sou estrela a te iluminar e velar lá do infinito, outras me transformo em fera para enfrentar o mundo se preciso para ter o seu amor.

A perspectiva de estar ao seu lado é o que dá razão aos meus dias, tristes dias de amarga solidão... o que me salva é saber que você existe, que me ama e que logo estaremos reunidos, dando vazão aos mais doces, aos mais belos, aos mais fortes sentimentos que podem unir dois seres...misto de loucura e paixão... te quero meu, me faço tua, todas os caminhos que se me apresentam me levam ao seu encontro, não sei mais caminhar se não for rumo a você... nem quero mais saber ir para outra direção... quero nossos pés numa mesma estrada, numa mesma direção, as mãos unidas, corpos entrelaçados... não preciso de mais nada....não sou mais nada... sou apenas NÓS...

Anjo meu, anseio estar em seus braços, me leve para o infinito em suas asas... quero sentir a ventura de amar-te, de ser amada..., doce anjo, doce sonho, não se vá... não me deixe... eu não resistiria. Se me deixar serei apenas mais uma na multidão de corações dilacerados pela dor. A Fênix não mais renascerá e finalmente suas cinzas se dissiparão com o vento, selando assim o meu fim...

Triste fim de uma vida tão cheia de esperanças, tão povoada de dor... triste? Talvez um alívio, talvez o fim das feridas, talvez o fim da tortura de não encontrar o amor... talvez o fim das mazelas de uma alma vazia e atormentada...

Com o olhar perdido no infinito eu peço, espero, me desespero...não me deixe...não me abandone...eu morro.... suspiro...choro. Lágrimas ferem como o aço de uma navalha cortando minha alma e tirando dela sua luz, enquanto escorrem atrevidas, languidas por minha face, seu caminho é marcado por sulcos pelos quais jorra a luz da minha existência...estendo minhas mãos para o nada na esperança de te tocar, encontro o vazio... Onde está você? Onde posso encontrá-lo? Venha socorrer-me, venha salvar-me, só você para curar-me dessas feridas, a cada momento longe,a cada lágrima derramada, a cada soluço, a cada grito de dor e solidão eu morro um pouco... não quero afundar no lodo do esquecimento, quero existir, mas só em seu coração serei plena... Vem meu cavaleiro alado de armadura brilhante, busca-me, leva-me para o teu regaço, para o teu abraço, leva-me para as estrelas onde a luz do infinito amor que sinto poderá iluminar-te o semblante, mostrar-lhe o quanto te amo e te preciso... tudo é dor sem você ao meu lado.

0 comentários:

Postar um comentário