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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Travesseiro

Mais uma vez olho pro lado e tudo o que vejo é meu travesseiro

Não sei se o odeio ou o amo, pois é ele quem recebe meu abraço quando meus braços não te encontram

Odeio, pois não é você. Mas amo, porque é palpável e ocupa o espaço entre meus braços, colado em meu corpo.

Espaço esse que deveria ser preenchido com seu corpo...

Fecho os olhos, mais uma vez, estico meus braços na tentativa de tocá-lo, porém é apenas meu travesseiro que encontro...

De súbito agarro-me a ele tentando me convencer de que é você, de olhos fechados, imagino sentir seu perfume, ouvir sua voz dizendo o quanto sentiu a minha falta...

Lágrimas nascem de meus olhos, indo em direção ao pobre que se encontra espremido em meu abraço,

Como queria poder chorar em seu peito, poder derramar todas as minhas lágrimas de saudade e acabar com essa angústia que me consome a cada minuto.

A raiva e o júbilo se misturam em minhas lágrimas, em meu coração nesse momento...

Tão perto de você, ligada pelos laços mais sagrados do amor verdadeiro

Ao mesmo tempo tão longe, ligada a você por uma estrada sem fim, que um dia irei atravessar...

Me sinto sua, te sinto meu, a certeza de te-lo é a mesma que tenho da minha existência.

Não existo sem você... porque fomos criados a partir da mesma energia, do mesmo milagre...

Jogo meu travesseiro longe... quero você aqui, ou quero estar aí, não importa onde, quero estar com você.

Soluços invadem meu quarto e depois de um tempo, eu durmo o sono dos que amam...

Quem sabe... nas nuvens eu te encontre...

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